quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

A PALAVRA DE DEUS EM AÇÃO

"Muitos propósitos há no coração do homem, mas o desígnio do Senhor permanecerá". (Prov. 19:21)
Conta-se que havia um homem que morava em Duque de Caxias, município do Rio de Janeiro, e que trabalhava na zona sul do Rio. Viajava diariamente de trem para ir e vir do trabalho. Certo dia, parou numa praça da cidade onde acontecia um culto ao ar livre e na hora do apelo ele se converteu. Ganhou de presente uma Bíblia que lia sempre durante o percurso da viagem. Ele tinha um sonho: pregar a Palavra de Deus.
Quando leu o texto "Ide e pregai a toda criatura", sentiu um impulso de realizar seu desejo. Mas seu tempo era escasso, pois trabalhava até mesmo nos finais de semana. Teve então, uma brilhante idéia: economizou e comprou uma Bíblia nova com letras gigantes, para ler no trem em movimento. Passou a pregar durante a viagem de ida e de volta. Estava feliz da vida, pois rendia frutos para o Reino de Deus. Até que um dia, surgiu um passageiro que não aprovou a idéia da pregação dentro do trem, pois cochilava ao balanço da composição durante a viagem. Inconformado, o homem reclamava o tempo todo. O pregador, pacientemente, trocava de vagão. Porém, quando começava a pregar, lá estava o sujeito, mais uma vez. Então, esse homem, extremamente irado, levantou sua voz e gritou: "Pare de me perturbar! Da próxima vez que você pregar de novo no trem e atrapalhar o meu cochilo, vou jogar sua Bíblia fora. É melhor ficar quieto..."
Prudentemente, o pregador clamou a Deus e jejuou para que o Senhor não permitisse que aquele homem cumprisse sua ameaça. Assim, o pregador orou com fé, confiando que Deus o ouviria. No outro dia, o que se sentia importunado saiu bem cedo para o trabalho, e lá estava o pregador do trem todo confiante, semeando a Palavra de Deus. Subitamente, o valente levantou-se e bradou: "Eu te avisei, mas você não acreditou."
Bruscamente, arrancou a Bíblia das mãos do pregador e jogou-a pela janela do trem, diante de um público espantado. O pregador sentiu-se humilhado, decepcionado e muito triste com a situação. Resolveu nao ser mais crente, pois confiava que o Senhor iria livrá-lo dessa vergonha, e por não ser atendido, decidiu não trilhar mais os caminhos do Senhor.
Por ter virado as costas para Deus, as coisas começaram a ficar difíceis para ele. Perdeu o emprego, tornou-se um desocupado, abandonou sua casa e passou a viver nas ruas, dormindo nos bancos das praças.
Depois de um certo tempo, numa determinada praça onde costumava se embriagar e dormir no banco, estava acontecendo um culto ao ar livre. Despertou sua atenção, pois esse pregador contava seu testemunho de que estava junto da linhda do trem para cometer suicídio, mas Deus, com Seu infinito amor, usou um filho Seu para salvá-lo de ser despedaçado pelo trem. Continuou relatando que, quando ia se atirar embaixo do trem, algo muito pesado foi arremessado em sua cabeça, e ele caiu junto aos trilhos, meio desacordao, sem entender nada do que estava ocorrendo. Foi quando percebeu que era um grande livro, e um vento providencial virava suas páginas, parando exatamente na página onde pôde ler admirado o versículo 18 do capítulo de Mateus: "Vinde a mim, todos os que estão cansados e oprimidos e Eu vos aliviarei." Então, disse ele, fiquei com esta Bíblia. Hoje sou feliz e a minha vida mudou completamente. E concluiu: "Um dia hei de encontrar esse filho de Deus, dar-lhe um grande abraço e agradecer-lhe pelo bem que me fez, livrando-me, não somente da morte física, mas principalmente da condenação eterna."
O pregador do trem, que ouvia a tudo atentamente, não conseguiu conter seu desesperado choro e, inesperadamente, levantou-se do banco e gritou com o rosto banhado em lágrimas: "Perdoe-me, Senhor Jesus, pois não compreendi os Teus planos. Perdoe-me por ter duvidado do Teu poder e do Teu amor por todos esses anos."
E, soluçando muito, dirigiu-se ao pastor que testemunhava, mal conseguindo declarar: "Eu era o dono daquela Bíblia!" Disse seu nome e mostrou a todos a sua assinatura registrada na primeira página daquela grande Bíblia.
"Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus." (Ap 14:12)
Fonte: Jornal Sal da Terra (dezembro/2006.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

PREGOS DE COBRE

"Os pais não serão mortos em lugar dos filhos, nem os filhos, em lugr dos pais; cada qual será morto pelo seu pecado." (Dt 24:16)

Conta-se que a cada domingo o pastor vinha pregando sobre a importância de uma consciência limpa, exortando seus ouvintes sobre a necessidade da confissão de pecados, e, quando possível, compensar o mal que causamos a outros. Ao final do culto, um jovem, membro da igreja, veio até ele com um semblante atribulado.
"Pastor", explicou ele, "o senhor me colocou em uma situação difícil. Fui injusto com alguém e tenho vergonha de confessar ou mesmo procurar tal pessoa para acertar a situação. Sabe, sou um construtor de barcos e o homem para quem trabalh0 é ateu. Sempre falo a ele da necessidade que ele tem de Cristo e insisti para que viesse ouví-lo pregar, mas ele zomba de mim e me ridiculariza. Porém, sou culpado de algo que, se reconhecer diante dele, arruinará meu testemunho para sempre."
Ele contou, então, que há algum tempo ele começara a construir para si um barco em seu quintal. Esse tipo de construção requer pregos de cobre, por não oxidarem em contato com a água. Esse tipo de prego é muito caro e ele vinha trazendo para casa grande número deles para usar em seu barco. Ele sabia que estava roubando, mas tentou poupar sua consciência dizendo a si mesmo que seu patrão tinha tantos que não daria falta e que, além disso, ele não recebia um salário justo. Porém, aquela mensagem o levou a encarar o fato de que ele era um ladrão como qualquer outro e que não há desculpa para tal atitude.
"Mas", continuou ele, "eu não posso chegar para o meu patrão e contar o que fiz, nem mesmo oferecer reembolsá-lo pelos pregos que usei e devolver os que sobraram. Se fizer isso, ele pensará que sou exatamente um hipócrita. Mesmo ssim, esses pregos de cobre estão penetrando minha consciência. Sei que não terei paz enquanto não acertar esta situação", prosseguiu ele.
A luta continuou por várias semanas. Então, em uma certa noite, ele exclamou: "Pastor, acertei a questão dos pregos de cobre e minha consciência finalmente está tranquila."
"O que aconteceu quando você confessou ao seu chefe o que acontecera?", perguntou o pastor.
"Ah, ele me olhou de um jeito esquisito e exclamou: "George, realmente sempre achei que você era um hipócrita, mas agora começo a perceber que, afinal de contas, deve haver algo nesse cristianismo. Este Jesus que levou um empregado desonesto a arrepender-se e a confessar que vinha roubando pregos de cobre e ainda se oferece a restituí-los, merece ser seguido. Quero conhecer este Jesus!"
Após pedir permissão, o pastor sentiu direção para compartilhar essa história diversas vezes, e invariavelmente pessoas o procuravam para explicar como 'pregos de cobre" de diversos tipos as estavam perfurando.
Uma senhora confessou: "Também tenho "pregos de cobre" em minha consciência. "Como assim?" Com certeza a senhora não é construtora de barcos." "Não", sou admiradora e amo livros, e tendo ficado com vários livros que pertencem a um amigo cujo salário é muito menor do que o meu. Na noite passada, decidi livrar-me dos "pregos de cobre", devolvi os livros e confessei o meu pecado."
Reformar e restituir não são motivos de mérito algum no que refere à salvação. Mas é claro em toda a Escritura que falta paz nos corações daqueles que evitam acertar as coisas com os outros. Em muitos de seus salmos, Davi menciona como uma consciência atormentada o perturbou ao longo das noites. "Bem-aventurado aquele cuja iniquidade é perdoada, cujo pecado é coberto. Bem-aventurado o homem cujo o Senhor não atribui iniquidade e em cujo espírito não há dolo. Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todos os dias. Porque a Tua mão pesava dia e noite sobre mim e o meu vigor se tornou em sequidão de estio. Confessei-te o meu pecado e a minha iniquidade nao mais ocultei. Disse: confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e Tu perdoaste a iniquidade do meu pecado. Sendo assim, todo homem piedoso Te fará súplicas em tempo de poder encontrar-Te. Com efeito, quando transbordarem muitas águas, não o atingirão." (Sl 32:1-6)
Fonte: Jornal Sal da Terra.