terça-feira, 5 de maio de 2009

FALTA DE TEMPO

Os tempos e as eras humanas vão passando, e nós, cada vez mais, temos a sensação de que um futuro mais e mais difícil nos espera logo ali, bem depois da próxima curva da história. Não se sabe ao certo quantos anos teríamos como seres vivos existindo nesta terra que o Senhor nos deu, mas sabemos com certeza que há algo pairando nos ares.
As dificuldades que nos cercam são cada vez mais intensas. A velocidade parece ter piorado a nossa vida, ao em vez de tê-la feito melhor que antes. Aliás, uma pessoa do interior não dispõe de celulares, TVs a cabo, escritórios virtuais, Internet, e por vezes nem mesmo de certas facilidades já incorporadas à vida de hoje, como o próprio carro, por exemplo. No entanto, essa pessoa chega ao final do seu duro dia de trabalho e tem tempo para uma conversinha, consegue ver alguns amigos esporadicamente e consegue ainda ir à igreja, muitas vezes a pé, a grande distância. Mas, parece que o tempo ainda não é sua maior preocupação. E nós, afobados, moradores da cidade grande, que temos acesso a todas as facilidades tecnológicas da informação e do transporte, que temos em nossas casas inúmeros equipamentos sem os quais não sabemos mais viver, que andamos com nossos celulares dependurados, não vivemos nem trabalhamos mais sem computadores e Internet, andamos a grandes velocidades na terra e no ar e ainda acordamos cedo e dormimos tarde?
Falta de tempo é um dos sinais do final dos tempos. Se você não acha assim, pelo menos desconfie: como é que, quando nada disso existia, éramos mais lentos nas nossas práticas antes de todo esse avanço tecnológico, e hoje, mais envolvidos com tantas coisas, já não temos mais tempo para nada? Parece que o tempo foi embora junto com a simplicidade das coisas mais antigas, junto com a inocência dos tempos. Será que os avanços criaram um homem moderno deformado em seu caráter, que ao ver a sua capacidade redobrada pelos equipamentos e conceitos de ponta começou a achar que era um super-homem?
Verdadeiramente, o tempo é um dominador cruel. A falta dele, que é como ele se manifesta sobre nós, nos escraviza, sendo capaz de nos tirar a alegria, a saúde, a paz, o ânimo, a graça de viver e até a capacidade de procurar uma proximidade com Deus. Sim, até para Deus o homem moderno tem dito que não tem tempo!
A Palavra de Deus chega a dizer que há um tempo para todas as coisas (leia Eclesiastes 3:2-8,17).
Duas coisas nos chamam a atenção nesta leitura, com relação a nós. Deus fez tudo formoso no seu devido tempo (sem pressa) e também pôs a eternidade (sem limites de tempo) no coração do homem. Há também outro item muito importante quanto a Deus. Ele julgará o justo e o ímpio, no tempo certo.
Com toda essa correria e com a falta de tempo sofrida pela escravidão das horas, será que tempos parado pelo menos para avaliar como vai a nossa vida?
Através da Palavra de Deus também entendemos que a nossa relação com Ele tem um tempo certo para começar: hoje! Porque esperar, se já sabemos que falta de tempo é algo meio relativo e estranho e que não cabe mais como desculpas para deixar Deus de lado em nossa vida?
Então... vamos separar um tempo para conhecer quem é Deus?

Fonte: Jornal Sal da Terra (agosto / 2006)

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

O QUE ESTÁ NOS AFLIGINDO?

Deparou o Senhor um grande peixe, para que tragasse a Jonas; e esteve Jonas três dias e três noites no ventre do peixe (Jn 1:17)

Muitas vezes nos vemos em situações aflitivas e pensamos que isso é a nossa ruína.
Os problemas nos sufocam. Tudo está dando errado. Olhamos para o lado e para o outro e não vemos saída. É algo angustiante.
Quem não fica desesperado com a questão financeira? Quem não se angustia quando vê os filhos pedindo coisas e se vê sem condições de suprir as suas necessidades? Ficamos paralisados.
É diante dessas situações que a dor dos outros não faz sentido para nós. Ficamos insensíveis ante ao desespero alheio. Verdadeiramente, há uma situação que nos imobiliza. Achamos que nosso momento adverso é maior do que o dos outros e tudo acontece por nossa causa.
Quando olhamos para o versículo acima, vemos a atuação maravilhosa de Deus. Um Deus que ama e deseja preservar as nossas vidas, mesmo quando nos tornamos insensíveis e tentamos fugir dEle.
É interessante notar que o gigantesco peixe foi enviado para salvar Jonas e não para matá-lo. Foi o seu submarino. Ele morreria se ficasse no mar, se permanecesse exposto à tempestade e às ondas bravias. Foi tragado pelo monstro marinho e levado para as profundezas do mar. Ali ficou em segurança. Ali nas profundezas, foi o momento de ele invadir as partes mais ocultas do seu ser e ver que Deus o estava salvando.
É verdade, muitas vezes a situação angustiante que atravessamos é o caminho que o Senhor está utilizando para nos conduzir à salvação.
O texto diz que Jonas ficou três dias e três noites. Três dias completos, navegando sem saber que rumo teria a sua vida. Mas o Senhor sabia para onde o levava. Ele estava protegido e guardado pelo Senhor.
O que está nos afligindo?
O que está nos tragando e nos levando mesmo contra a nossa vontade? Será que isso não tem a ver com nossa tentativa de fuga de Deus?
Será que essa não é o meio pelo qual o Senhor está nos salvando de nós mesmos e preservando as nossas vidas? Aquilo que chamamos de dificuldade, do que está matando e destruindo, pode ser o caminho pelo qual o Senhor escolheu para nos salvar e conduzir de volta a uma relação íntima com Ele.
Há momentos que as ondas são impetuosas. Ficar expostos a elas é muito perigoso. Chegou o momento de descansar e confiar na salvação do Senhor. É hora de ser tragado pelo meio que o Senhor está utilizando para a nossa salvação.
Confiemos no Senhor e em Sua Salvação.

FONTE: Jornal Sal da Terra (janeiro/2007)

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

SEM FÉ É IMPOSSÍVEL AGRADAR A DEUS

“De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe e que se torna galardoador dos que O buscam.” – (Hb 11:6)

Por que será que algumas vezes é extremamente difícil crer que o Senhor se importa conosco?
Sabemos que o sofrimento é muito grande nesta Terra, onde milhões de pessoas morrem de fome na África – indivíduos reais, com esperança e sonhos iguais aos nossos. Outras morrem por doenças, simplesmente porque não conseguem remédios, aos quais nós não costumamos dar valor. Aldeias e cidades inteiras são exterminadas brutalmente, porque as pessoas são de um passado étnico diferente do de seus assassinos. O crime cresce nas ruas quando os jovens, em sua falta de perspectiva, se voltam para as drogas, e os pais ficam desesperados. O sofrimento, a miséria e a injustiça estão por todos os lados.
Onde está o Deus de amor e misericórdia em tudo isso?
O profeta Habacuque (o que abraça) lutou com essa mesma questão do sofrimento e da injustiça. Quando ele pondera sobre isso com o Senhor em oração. Ele deu ao profeta visões do futuro de sua nação. O Criador descreveu um tempo de juízo vindo sobre Israel. O exército dos saqueadores babilônico destruiria tudo em Israel.
Não foi exatamente uma palavra de encorajamento!
Ao ver a situação, Habacuque expressou a pura Palavra de Deus: Mas o juto, pela sua fé, viverá (Hb 2:4b).
Quando nada faz sentido e tudo na vida parece estar desmoronando, os crentes têm algo que os separa do desespero dos incrédulos: a fé em Deus, através de Jesus Cristo.
A terra não é para ser o céu. Este é o campo de batalha que nos testa. Mais tarde, virá a terra gloriosa da recompensa.
É aqui, neste cenário de miséria e sofrimento sem sentido, que o Senhor nos pede que confiemos Nele. As pessoas se desencantam com Deus porque querem que Ele transforme a existência terrena em celestial.
Isto certamente Ele não fará, aqui não é o céu, e nem é para ser.
O Senhor Deus proveu nova segurança diante das dúvidas de Habacuque. Quando não existe nada para se ver adiante a não ser a tragédia, somente o Senhor pode dar a paz.
Foi nesse estado de espírito que o profeta Habacuque declarou estas palavras, as quais têm animado os crentes por milhares de anos: “Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimentos; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco e nos currais não haja gado, todavia, eu me alegro no Senhor, exulto no Deus da minha salvação. O Senhor Deus é a minha fortaleza, e faz os meus pés como os da corça, e me faz andar altaneiramente.” (Hb 3:17-19).
Verdadeiramente, há alguns aspectos sobre a vida que, simplesmente, não compreenderemos, a não ser quando chegarmos ao céu.
Com fé, essas questões devem ficar de lado. O que importa mesmo é que servimos a um Deus que sofre conosco. Ele provou isso de uma vez por todas no Calvário. O Altíssimo realmente cuida de Seus filhos e está disponível para aqueles que O invocam.
Afinal de contas, uma grande fé se mostra não tanto pela capacidade de fazer ou esperar, mas de sofrer e saber em quem confiar.

Fonte: Jornal Sal da Terra (julho/08).

sábado, 7 de fevereiro de 2009

NOSSA ALEGRIA ESTÁ EM JESUS

“E Ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais por si mesmos, mas para Aquele que por eles morreu e ressuscitou.” (2 Coríntios 5:15)

Certa vez um homem foi consultar um grande psicólogo para tratar de um problema de depressão profunda. Durante quase uma hora, o homem contou sua triste história para o psicólogo, que ficou perplexo diante de tamanho problema.
Finalmente pensou ter encontrado a solução. Falou para o homem: “Não sei se você sabe, mas um circo famoso chegou em nossa cidade. Ouvi dizer que há um palhaço naquele circo que faz todo mundo rir. Que tal assisti-lo e tentar esquecer seus problemas?” “Mas, doutor”, respondeu o homem, “eu sou aquele palhaço...”
Você já passou pelas nuvens pretas de desânimo em que tudo parecia ruim, nada fazia sentido, e você até questionava se a vida tinha significado?
Como aquele palhaço, você experimentou o que chamamos de síndrome do “algodão amargo”. Esta enfermidade acontece quando procuramos nas farras da vida algo doce, algo de substância, algo que realmente valha a pena. Muitas vezes achamos o que procuramos – mas só por um instante. Logo descobrimos que realmente não satisfaz os desejos mais profundos do nosso coração. Aquilo que achamos ser “algodão doce” logo derrete e deixa um gosto amargo em nossa boca e um vazio em nosso coração. Parece que o ser humano está destinado a uma eterna busca por algo que seja permanente, algo imortal. Mas tudo que este mundo oferece não preenche nosso coração.
A Bíblia declara que: “Deus pôs a eternidade no coração do homem” (Eclesiastes 3:11). Em outras palavras, existe uma lacuna-tamanho-Deus no coração de cada um de nós. Não adianta tentar preenchê-lo com qualquer outra coisa, a não ser com Deus. Nos tempos bíblicos, o grande rei Salomão – homem riquíssimo, poderoso, brilhante – procurou realização pessoal separado de Deus. Tinha todas as condições de experimentar tudo o que este mundo pode oferecer. Tentou descobrir qual o significado verdadeiro para o homem sem Deus. Procurou nas farras e no trabalho, nos projetos sociais, na riqueza, no entretenimento, na popularidade e fama, no estudo e no poder, mas chegou a conclusão: “Tudo era vaidade e correr atrás do vento, e nenhum proveito havia debaixo do sol” (Eclesiastes 2:1-11). Se existe um vácuo no coração humano que só Deus pode preencher, parece ser óbvio o que devemos fazer – deixar que Deus o preencha. Mas como? A resposta está na pessoa de Jesus Cristo, o Filho de Deus que se fez homem justamente para levar o homem de volta para Deus. Embora o pecado tenha feito separação entre o homem e Deus, Jesus Cristo, o Deus-homem, pagou o preço máximo para reconciliar os dois. Ele derramou Seu próprio sangue (como sacrifício) para que o homem não tenha que viver alienado de Deus eternamente, comendo algodão amargo. A ressurreição de Jesus provou que o preço do pecado foi pago, e que o homem pode achar significado na vida, não nas coisas “saborosas” que o mundo oferece, mas sim num relacionamento íntimo com o Criador. Mas há uma condição que o homem precisa cumprir para conseguir esta nova vida cheia de significado, realização e desafios. Basta crer em Jesus Cristo como a única solução para o pecado e o vazio do coração. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu Seu filho unigênito, para que todo aquele que Nele crê, não pereça mas tenha a vida eterna” (João 3:!6). Parece tão simples, e é. Mas tantas pessoas rejeitam o amor do Criador, pois amam muito mais a Sua criação. Então viciados no algodão amargo das suas próprias tentativas de alcançar o favor de Deus. Mas a Bíblia afirma que é “pela graça que somos salvos, mediante a fé, e isto não vem de nós, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie” (Efésios 2:8-9).
O Senhor Jesus morreu por você e ressuscitou dos mortos para dar-lhe vida. Você não precisa ser como o palhaço deprimido, que faz todo mundo rir, mas está vazio por dentro. A única maneira de preencher o vazio em seu coração e tirar o gosto do algodão amargo é crer em Jesus para obter a vida eterna.


FONTE: Jornal Sal da Terra (março-2007).

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

A MULHER DE NOÉ

“Na minha angústia, invoquei o Senhor, clamei a meu Deus, Ele, no Seu templo, ouviu a minha voz, e o meu clamor chegou aos Seus ouvidos.” (2 Sm 22:7)

Quantas vezes tivemos a oportunidade de ouvir uma pregação sobre a mulher de Noé? Possivelmente nunca, ou se escutamos foram raras vezes.
Como seria estar no lugar desta mulher? Sem dúvidas, ela necessitou de muita fé. Estamos no século 21 e conhecemos o que é chuva, tempestade e até enchente, mas nos tempos de Noé, não existia chuva... só que, de repente, Noé chega em casa e diz: “Mulher, eu preciso fazer um barco muito grande porque Deus falou comigo e disse que todos vão morrer. O Senhor garantiu que vai nos preservar e estabelecerá uma aliança com a nossa família (mulher, filhos e noras). Mas não é só isso... preciso juntar dois animais de cada espécie e colocá-los na arca.”
Imagine só o “nó” que se deu na cabeça da senhora Noé?
Qual seria a sua reação? “Noé, você está louco, que conversa é essa de fazer um barco?”
Qualquer pessoa em sã consciência poderia ter esta reação, mas na Palavra de Deus não encontramos nenhuma demonstração de desconfiança. Em um mundo que não chovia, um barco não seria comum, mas a senhora Noé creu nas palavras do seu marido.
Se você olhar para o seu marido agora, qual será o seu pensamento? Eu tenho um Noé em casa e posso entrar em qualquer barco com ele? ... ou então: “Como eu gostaria de ter um Noé em casa!” Incontáveis coisas se passaram pelo coração dessa mulher. Provavelmente, ela ia até a casa de seus pais e por inúmeras vezes olhava aqueles rostos, e em sua mente logo vinha um pensamento triste: “Quando eu entrar naquela arca, nunca mais os verei.” Somente o Senhor podia consolar aquele coração. Difícil a tarefa de cuidar dos animais (limpando e alimentando); e conviver com aquele cheiro... nem pensar. Como foi cansativo para a senhora Noé lidar com a situação. Há muitos momentos em nossa vida que são considerados provas na Escola de Aperfeiçoamento de Deus... e depois que passamos por eles, sempre fica a lição que nos capacita para enfrentarmos outras lutas que ainda virão.
Como foi a reação da senhora Noé ao abrir a janela da arca? Espanto, medo, dúvidas...
“Quanto tempo ainda permaneceremos aqui? Será que vai chover mais?” Tudo se foi, toda alma que possuía fôlego de vida morreu... família, amigos.
Todavia, o alívio aconteceu ao descer da arca e poder pisar pelo menos na lama – pisar fora da arca. Naquele exato momento Deus respondeu com um sinal belo e maravilhoso: um arco colorido apareceu no céu estabelecendo uma aliança com o homem de que nunca mais aconteceria uma inundação a ponto de acabar com todo o ser vivente. Agora sim, a senhora Noé pôde olhar para seu esposo e filhos e dizer: valeu a pena.
Foram 120 anos de esperança (tempo de construção da arca). Mas a escolha é individual. Nós sabemos que um dia Jesus virá buscar a Sua igreja (nós), e muitos da nossa própria família não acreditam... e até zombam de nós, e por isso choramos pela incredulidade desses corações. Cremos que sentimos exatamente o mesmo que a senhora Noé sentiu.
Porém, lembremo-nos que a arca tipifica a Cristo, Aquele que é o elo de salvação do crente, para livrá-lo do juízo e da morte (1 Pe 3:20,21).
Mas afinal, é preciso tomar uma atitude, escolher entrar no barco ou não.
Qual a sua escolha?

Fonte: Jornal Sal da Terra (março/2006).

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

A PALAVRA DE DEUS EM AÇÃO

"Muitos propósitos há no coração do homem, mas o desígnio do Senhor permanecerá". (Prov. 19:21)
Conta-se que havia um homem que morava em Duque de Caxias, município do Rio de Janeiro, e que trabalhava na zona sul do Rio. Viajava diariamente de trem para ir e vir do trabalho. Certo dia, parou numa praça da cidade onde acontecia um culto ao ar livre e na hora do apelo ele se converteu. Ganhou de presente uma Bíblia que lia sempre durante o percurso da viagem. Ele tinha um sonho: pregar a Palavra de Deus.
Quando leu o texto "Ide e pregai a toda criatura", sentiu um impulso de realizar seu desejo. Mas seu tempo era escasso, pois trabalhava até mesmo nos finais de semana. Teve então, uma brilhante idéia: economizou e comprou uma Bíblia nova com letras gigantes, para ler no trem em movimento. Passou a pregar durante a viagem de ida e de volta. Estava feliz da vida, pois rendia frutos para o Reino de Deus. Até que um dia, surgiu um passageiro que não aprovou a idéia da pregação dentro do trem, pois cochilava ao balanço da composição durante a viagem. Inconformado, o homem reclamava o tempo todo. O pregador, pacientemente, trocava de vagão. Porém, quando começava a pregar, lá estava o sujeito, mais uma vez. Então, esse homem, extremamente irado, levantou sua voz e gritou: "Pare de me perturbar! Da próxima vez que você pregar de novo no trem e atrapalhar o meu cochilo, vou jogar sua Bíblia fora. É melhor ficar quieto..."
Prudentemente, o pregador clamou a Deus e jejuou para que o Senhor não permitisse que aquele homem cumprisse sua ameaça. Assim, o pregador orou com fé, confiando que Deus o ouviria. No outro dia, o que se sentia importunado saiu bem cedo para o trabalho, e lá estava o pregador do trem todo confiante, semeando a Palavra de Deus. Subitamente, o valente levantou-se e bradou: "Eu te avisei, mas você não acreditou."
Bruscamente, arrancou a Bíblia das mãos do pregador e jogou-a pela janela do trem, diante de um público espantado. O pregador sentiu-se humilhado, decepcionado e muito triste com a situação. Resolveu nao ser mais crente, pois confiava que o Senhor iria livrá-lo dessa vergonha, e por não ser atendido, decidiu não trilhar mais os caminhos do Senhor.
Por ter virado as costas para Deus, as coisas começaram a ficar difíceis para ele. Perdeu o emprego, tornou-se um desocupado, abandonou sua casa e passou a viver nas ruas, dormindo nos bancos das praças.
Depois de um certo tempo, numa determinada praça onde costumava se embriagar e dormir no banco, estava acontecendo um culto ao ar livre. Despertou sua atenção, pois esse pregador contava seu testemunho de que estava junto da linhda do trem para cometer suicídio, mas Deus, com Seu infinito amor, usou um filho Seu para salvá-lo de ser despedaçado pelo trem. Continuou relatando que, quando ia se atirar embaixo do trem, algo muito pesado foi arremessado em sua cabeça, e ele caiu junto aos trilhos, meio desacordao, sem entender nada do que estava ocorrendo. Foi quando percebeu que era um grande livro, e um vento providencial virava suas páginas, parando exatamente na página onde pôde ler admirado o versículo 18 do capítulo de Mateus: "Vinde a mim, todos os que estão cansados e oprimidos e Eu vos aliviarei." Então, disse ele, fiquei com esta Bíblia. Hoje sou feliz e a minha vida mudou completamente. E concluiu: "Um dia hei de encontrar esse filho de Deus, dar-lhe um grande abraço e agradecer-lhe pelo bem que me fez, livrando-me, não somente da morte física, mas principalmente da condenação eterna."
O pregador do trem, que ouvia a tudo atentamente, não conseguiu conter seu desesperado choro e, inesperadamente, levantou-se do banco e gritou com o rosto banhado em lágrimas: "Perdoe-me, Senhor Jesus, pois não compreendi os Teus planos. Perdoe-me por ter duvidado do Teu poder e do Teu amor por todos esses anos."
E, soluçando muito, dirigiu-se ao pastor que testemunhava, mal conseguindo declarar: "Eu era o dono daquela Bíblia!" Disse seu nome e mostrou a todos a sua assinatura registrada na primeira página daquela grande Bíblia.
"Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus." (Ap 14:12)
Fonte: Jornal Sal da Terra (dezembro/2006.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

PREGOS DE COBRE

"Os pais não serão mortos em lugar dos filhos, nem os filhos, em lugr dos pais; cada qual será morto pelo seu pecado." (Dt 24:16)

Conta-se que a cada domingo o pastor vinha pregando sobre a importância de uma consciência limpa, exortando seus ouvintes sobre a necessidade da confissão de pecados, e, quando possível, compensar o mal que causamos a outros. Ao final do culto, um jovem, membro da igreja, veio até ele com um semblante atribulado.
"Pastor", explicou ele, "o senhor me colocou em uma situação difícil. Fui injusto com alguém e tenho vergonha de confessar ou mesmo procurar tal pessoa para acertar a situação. Sabe, sou um construtor de barcos e o homem para quem trabalh0 é ateu. Sempre falo a ele da necessidade que ele tem de Cristo e insisti para que viesse ouví-lo pregar, mas ele zomba de mim e me ridiculariza. Porém, sou culpado de algo que, se reconhecer diante dele, arruinará meu testemunho para sempre."
Ele contou, então, que há algum tempo ele começara a construir para si um barco em seu quintal. Esse tipo de construção requer pregos de cobre, por não oxidarem em contato com a água. Esse tipo de prego é muito caro e ele vinha trazendo para casa grande número deles para usar em seu barco. Ele sabia que estava roubando, mas tentou poupar sua consciência dizendo a si mesmo que seu patrão tinha tantos que não daria falta e que, além disso, ele não recebia um salário justo. Porém, aquela mensagem o levou a encarar o fato de que ele era um ladrão como qualquer outro e que não há desculpa para tal atitude.
"Mas", continuou ele, "eu não posso chegar para o meu patrão e contar o que fiz, nem mesmo oferecer reembolsá-lo pelos pregos que usei e devolver os que sobraram. Se fizer isso, ele pensará que sou exatamente um hipócrita. Mesmo ssim, esses pregos de cobre estão penetrando minha consciência. Sei que não terei paz enquanto não acertar esta situação", prosseguiu ele.
A luta continuou por várias semanas. Então, em uma certa noite, ele exclamou: "Pastor, acertei a questão dos pregos de cobre e minha consciência finalmente está tranquila."
"O que aconteceu quando você confessou ao seu chefe o que acontecera?", perguntou o pastor.
"Ah, ele me olhou de um jeito esquisito e exclamou: "George, realmente sempre achei que você era um hipócrita, mas agora começo a perceber que, afinal de contas, deve haver algo nesse cristianismo. Este Jesus que levou um empregado desonesto a arrepender-se e a confessar que vinha roubando pregos de cobre e ainda se oferece a restituí-los, merece ser seguido. Quero conhecer este Jesus!"
Após pedir permissão, o pastor sentiu direção para compartilhar essa história diversas vezes, e invariavelmente pessoas o procuravam para explicar como 'pregos de cobre" de diversos tipos as estavam perfurando.
Uma senhora confessou: "Também tenho "pregos de cobre" em minha consciência. "Como assim?" Com certeza a senhora não é construtora de barcos." "Não", sou admiradora e amo livros, e tendo ficado com vários livros que pertencem a um amigo cujo salário é muito menor do que o meu. Na noite passada, decidi livrar-me dos "pregos de cobre", devolvi os livros e confessei o meu pecado."
Reformar e restituir não são motivos de mérito algum no que refere à salvação. Mas é claro em toda a Escritura que falta paz nos corações daqueles que evitam acertar as coisas com os outros. Em muitos de seus salmos, Davi menciona como uma consciência atormentada o perturbou ao longo das noites. "Bem-aventurado aquele cuja iniquidade é perdoada, cujo pecado é coberto. Bem-aventurado o homem cujo o Senhor não atribui iniquidade e em cujo espírito não há dolo. Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todos os dias. Porque a Tua mão pesava dia e noite sobre mim e o meu vigor se tornou em sequidão de estio. Confessei-te o meu pecado e a minha iniquidade nao mais ocultei. Disse: confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e Tu perdoaste a iniquidade do meu pecado. Sendo assim, todo homem piedoso Te fará súplicas em tempo de poder encontrar-Te. Com efeito, quando transbordarem muitas águas, não o atingirão." (Sl 32:1-6)
Fonte: Jornal Sal da Terra.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

REUNIÃO DO INIMIGO

“Não vos desvieis; pois seguiríeis coisas vãs, que nada aproveitam e tampouco vos podem livrar, porque vaidade são. Pois o Senhor, por causa do Seu grande nome, não desamparará o Seu povo, porque aprouve ao Senhor fazer-vos o Seu povo.” (1 Sm 12:21,22)

Conta-se que satanás convocou uma Convenção Mundial de demônios. Em seu discurso de abertura, ele disse: Não podemos impedir os cristãos de irem à igreja nem de lerem as suas Bíblias e conhecerem a verdade. Também não podemos impedi-los de formar um relacionamento íntimo com o seu Jesus Salvador, e uma vez que eles ganham essa conexão com Jesus, o nosso poder sobre eles está quebrado.
Então, vamos deixá-los ir para as suas igrejas, vamos deixá-los com os almoços e jantares que nelas organizam, mas, vamos roubar-lhes o tempo que têm, de maneira que não sobre tempo algum para desenvolverem um relacionamento com Jesus Cristo. - O que quero que vocês façam é o seguinte – disse o diabo: Distraia-os ao ponto de que não consigam aproximar-se do seu Salvador, para manterem esta conexão vital durante o dia todo! “Como vamos fazer isto?” gritaram os seus demônios. Mantenha-os ocupados nas coisas não essenciais da vida, e inventem inumeráveis assuntos e situações que ocupem as suas mentes, respondeu-lhes ele. Que sejam tentados a gastar, gastar, gastar, e tomar emprestado, tomar emprestado, tomar emprestado.” “Persuadam as suas esposas a irem trabalhar durante longas horas, e os maridos a trabalharem de 6 a 7 dias por semana, durante 10 a 12 horas por dia, a fim de que eles tenham capacidade financeira para manter os seus estilos de vida fúteis e vazios.” Criem situações que os impeçam de passar algum tempo com seus filhos. “À medida em que suas famílias forem se enfraquecendo, muito em breve seus lares já não mais oferecerão um lugar de paz para se refugiarem das pressões de trabalho.” “Estimulem suas mentes com tanta intensidade, que eles não possam mais escutar aquela voz suave e tranqüila que orienta seus espíritos.”
“Induzam todos a ligarem o rádio ou o cd sempre que estiverem dirigindo. Que a tv, walkman, vídeo, cds e os pcs estejam sempre ligados constantemente em seus lares, e providenciem que todas as lojas e todos os restaurantes do mundo toquem constantemente música que não seja bíblica e não louve ao Senhor. Isto entupirá as suas mentes e quebrará aquela união com Cristo.”
“Encham as mesinhas de centro de todos os lugares com revista e jornais seculares. Bombardeiem as suas mentes com notícias, 24 horas por dia. Invadam os momentos em que estão dirigindo, fazendo-os prestar atenção em cartazes chamativos e outdoors induzindo-os ao consumismo e ao sexo. Inundem as caixas de correio deles com papéis totalmente inúteis, catálogos de lojas que oferecem vendas pelo correio, loterias, bolos de apostas, ofertas de produtos gratuitos, serviços, vírus e falsas esperanças.
“Dê-lhes papai Noel, para distraí-los da necessidade de ensinarem aos seus filhos, o significado real do Natal. Dê-lhes o coelho de Páscoa, para que eles não falem sobre a ressurreição de Jesus, e o Seu poder sobre o pecado e a morte. Até mesmo quando estiverem se divertindo, se distraindo que seja tudo feito com excessos, para que, ao voltarem dali, estejam exaustos.”
“Mantenha-os de tal modo ocupados que nem pensem em ir andar ou ficar um perto da natureza, para refletirem na criação de Deus. Ao invés, mande-os para parques de diversão, acontecimentos esportivos, peças de teatro, concertos e ao cinema. Mantenha-os ocupados, ocupados e muito ocupados! E quando se reunirem para um encontro, ou uma reunião espiritual, envolva-os em mexericos e conversas sem importância, para que, ao saírem o façam com as consciências pesadas.”
“Encham as vidas de todos eles com tantas causas nobres e importantes a serem defendidas que não tenham nenhum tempo para buscarem o poder de Jesus. Muito em breve, eles estarão buscando com suas próprias forças as soluções para seus problemas, e para as causas que defendem, sacrificando sua saúde e suas famílias pelo bem da causa.”
“Isto vai funcionar!! Sim, vai funcionar!” “Este é um ‘senhor’ plano!!
Os demônios ansiosamente partiram para cumprir as determinações do chefe, fazendo com que os cristãos, em todo o mundo, ficassem mais ocupados e mais apressados, indo daqui para ali, e vice-versa. Tendo muito pouco tempo para Deus e para suas famílias. Não tendo nenhum tempo para contar aos outros sobre o poder de Jesus para transformar vidas. Cremos que a pergunta é: o nosso adversário tem obtido sucesso nas suas maquinações? Pense e responda você mesmo.”

Fonte: Jornal Sal da Terra (outubro de 2006).

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

O SILÊNCIO NA VIDA CRISTÃ

"Mas Ele lhes respondeu: Asseguro-vos que, se eles se calarem, as próprias pedras clamarão." (Lc 19:40)

Vivemos hoje no tempo do silêncio na vida cristã. Não nos referimos ao silêncio de intrigas e mexericos; pois esse se recusa a calar. Estamos falando no silêncio medroso que trava a língua de muitos filhos de Deus que não sabem responder a razão da sua fé (1 Pe 3:15). Esses tais não se tratam de pessoas acanhadas, tímidas, não! Eles estão nas melhores empresas, ocupam cargos de destaque e influência, frequentam shoppings e restaurantes e são bem informados. Dominam a tecnologia moderna, falam vários idiomas e estão "plugados" no mundo via internet com todos os recursos que ela pode oferecer.
Esses crentes silenciosos, conscientes ou não, pouco ou nada contribuem para o avanço do Evangelho. Eles talvez não se dêem conta de que a salvação que o Senhor Jesus fez em suas vidas constitui-se numa poderosa pregação, de alcance profundo às pessoas no convívio diário.
Muitos são tão anônimos que mais se parecem "agentes secretos" infiltrados entre as massas. Eles não se identificam, não mostram as credenciais de santidade, não se arriscam a dizer o que são. E, se por algum motivo, são descobertos, fazem como Pedro, horas antes da crucificação do Mestre: "Homem, não compreendo o que dizes ..." (Lc 22:60). É como se tais pessoas vivessem disfarçadas o tempo todo, tirando a camuflagem só no domingo, na igreja. Ou será o contrário? Disfarçam-se no domingo e nos outros dias vivem o que realmente são?
A Palavra de Deus ns mostra claras orientações para não deixarmos de falar do grande amor de Deus. Não importa que sejamos taxados de fanáticos ou coisa do tipo; é preciso falar. É claro que é preciso fazê-lo com ética e sabedoria. Não temos que ser intransigentes movidos por um radicalismo doentio que assusta e inibe as pessoas, afastando-as cada vez mais da verdade. É preciso olhar o maior de todos os exemplos de Jesus!
Ele ia às festas, não era um anônimo. Lá, Ele fazia a diferença, contagiava com Sua presença (Jo 2:1-12). Ninguém que cruzasse o caminho do Mestre poderia ser o mesmo depois do encontro. O impacto era tão grande e tão visível que consciências eram despertadas, corações eram transformados e vidas rompiam definitivamente com o pecado (Jo 4:5-30). Não podemos ser chamados cristãos, até que haja em nós a mesma determinação.
A história da Igreja Primitiva, registrado no livro de Atos, poderia ser outra se não fosse a ousadia daqueles primeiros cristãos. Eles eram caracterizados pela coragem de anunciar uma mensagem sob os traços fortes da perseguição tanto de judeus fanáticos quanto do Império romano (At 4:13). Nos momentos extremos, quando era ordenado que não fizessem menção do nome de Jesus (At 4:16-18) a despeito de serem presos, torturados e até mortos, a determinação sempre foi a mesma. "Pois nós não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos." (At 4:20)
Agora atente para um detalhe importante: esses pioneiros heróis da fé, não se intimidavam com o ódio esmagador da perseguição, antes oravam para que possuíssem coragem e intrepidez para anunciarem o Evangelho (At 29:31).
Há quem pense que esse vigor espiritual ficou detido no passado, servindo-se apenas como uma moldura antiga, amarelada, digna de admiração. Afinal, hoje os tempos são outros, argumentam. Seria melhor dizer que hoje os crentes é que são outros. O Evangelho é o mesmo, mas a "febre" espiritual, a garra para o testemunho pessoal é que anda em baixa. Comumente, falamos de futebol, de política, do clima, da economia e, às vezes (ou quase sempre?), falamos mal uns dos outros. O que nos falta, afinal? Por que nos calamos? Precisamos da mesma resolução que invadiu o coração do apóstolo Paulo (1 Co 9:16).
É chegada a hora para aproveitarmos a liberdade que temos, e com determinação levar outros a Cristo. Todo crente, hoje, deveria estar informado sobre a situação dos nossos irmãos em países onde ainda há perseguição contra o Evangelho. Na Coréia do Norte, não há somente bombas atômicas e um ditador baixinho, excêntrico e com fisionomia cômica. Lá, há uma dura perseguição contra a fé cristã e os que ali estão, qando presos, são torturados e até condenados à morte. Da mesma forma está ocorrendo no Vietnã, no Iraque, na Turquia e em tantos outros países. Lá estão os nossos irmãos, que ainda que paguem com a própria vida, não se intimidam ao anunciar o único nome digno de ser adorado - o Nome de Jesus.
Que tenhamos coragem e muita disposição para não engrossarmos a imensa fileira dos crentes em silêncio. Pensemos nisso!
Fonte: Jornal Sal da Terra (fevereiro/2007).