quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

A MULHER DE NOÉ

“Na minha angústia, invoquei o Senhor, clamei a meu Deus, Ele, no Seu templo, ouviu a minha voz, e o meu clamor chegou aos Seus ouvidos.” (2 Sm 22:7)

Quantas vezes tivemos a oportunidade de ouvir uma pregação sobre a mulher de Noé? Possivelmente nunca, ou se escutamos foram raras vezes.
Como seria estar no lugar desta mulher? Sem dúvidas, ela necessitou de muita fé. Estamos no século 21 e conhecemos o que é chuva, tempestade e até enchente, mas nos tempos de Noé, não existia chuva... só que, de repente, Noé chega em casa e diz: “Mulher, eu preciso fazer um barco muito grande porque Deus falou comigo e disse que todos vão morrer. O Senhor garantiu que vai nos preservar e estabelecerá uma aliança com a nossa família (mulher, filhos e noras). Mas não é só isso... preciso juntar dois animais de cada espécie e colocá-los na arca.”
Imagine só o “nó” que se deu na cabeça da senhora Noé?
Qual seria a sua reação? “Noé, você está louco, que conversa é essa de fazer um barco?”
Qualquer pessoa em sã consciência poderia ter esta reação, mas na Palavra de Deus não encontramos nenhuma demonstração de desconfiança. Em um mundo que não chovia, um barco não seria comum, mas a senhora Noé creu nas palavras do seu marido.
Se você olhar para o seu marido agora, qual será o seu pensamento? Eu tenho um Noé em casa e posso entrar em qualquer barco com ele? ... ou então: “Como eu gostaria de ter um Noé em casa!” Incontáveis coisas se passaram pelo coração dessa mulher. Provavelmente, ela ia até a casa de seus pais e por inúmeras vezes olhava aqueles rostos, e em sua mente logo vinha um pensamento triste: “Quando eu entrar naquela arca, nunca mais os verei.” Somente o Senhor podia consolar aquele coração. Difícil a tarefa de cuidar dos animais (limpando e alimentando); e conviver com aquele cheiro... nem pensar. Como foi cansativo para a senhora Noé lidar com a situação. Há muitos momentos em nossa vida que são considerados provas na Escola de Aperfeiçoamento de Deus... e depois que passamos por eles, sempre fica a lição que nos capacita para enfrentarmos outras lutas que ainda virão.
Como foi a reação da senhora Noé ao abrir a janela da arca? Espanto, medo, dúvidas...
“Quanto tempo ainda permaneceremos aqui? Será que vai chover mais?” Tudo se foi, toda alma que possuía fôlego de vida morreu... família, amigos.
Todavia, o alívio aconteceu ao descer da arca e poder pisar pelo menos na lama – pisar fora da arca. Naquele exato momento Deus respondeu com um sinal belo e maravilhoso: um arco colorido apareceu no céu estabelecendo uma aliança com o homem de que nunca mais aconteceria uma inundação a ponto de acabar com todo o ser vivente. Agora sim, a senhora Noé pôde olhar para seu esposo e filhos e dizer: valeu a pena.
Foram 120 anos de esperança (tempo de construção da arca). Mas a escolha é individual. Nós sabemos que um dia Jesus virá buscar a Sua igreja (nós), e muitos da nossa própria família não acreditam... e até zombam de nós, e por isso choramos pela incredulidade desses corações. Cremos que sentimos exatamente o mesmo que a senhora Noé sentiu.
Porém, lembremo-nos que a arca tipifica a Cristo, Aquele que é o elo de salvação do crente, para livrá-lo do juízo e da morte (1 Pe 3:20,21).
Mas afinal, é preciso tomar uma atitude, escolher entrar no barco ou não.
Qual a sua escolha?

Fonte: Jornal Sal da Terra (março/2006).

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